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Traduzido de Mel Magazine
Ela não é trans. Ela não é drag queen. Para ela, ser uma cdzinha é um pouco mais complicado. (veja aqui a diferença entre os termos)
Annie é uma mulher de meio período.
Algumas vezes por mês, ela veste uma meia calça, passa batom rosa-choque nos lábios e coloca uma peruca cheia de cachos ruivos. Ela posa para algumas fotos, tiradas pela esposa, e juntas, elas vão em encontros como duas garotas apaixonadas.
Em outros dias, porém, Annie é Andrew. Annie, porém, está satisfeita com esse arranjo – ou seja, passar mais tempo como Andrew do que como Annie. Ela já lutou contra o desejo de ser feminina, sentindo-se culpada e confusa sobre sua identidade de gênero. Mas, por meio da introspecção e com a ajuda da esposa, descobriu que se sentia feliz ao abraçar seu lado feminino parte do tempo, enquanto ainda vivia o dia a dia como um homem. Ela se perguntava se era uma mulher trans, mas, no fim das contas, percebeu que se identifica como gênero fluido e não binário.
Muitas pessoas que vivem como homens sentem o mesmo. Para alguns, ser mulher por algum tempo é uma forma de explorar e abraçar as nuances de sua identidade de gênero, como Annie. Para outras, é uma atividade sexual, um fetiche no qual são despojadas de sua masculinidade e, consequentemente, de seu poder e dignidade. Para outro subconjunto, é uma combinação dos dois, muitas vezes de maneiras que elas próprias não compreendem completamente.