O texto a seguir é uma tradução do artigo da Phoenix Huber, uma mulher trans americana. Ela compartilhou 4 experiências de gênero que pessoas próximas confessaram para ela. Gostei muito da leitura pois eu mesmo já ouvi diversas histórias similares. Boa parte delas foi graças aos contatos recebidos aqui no blog, mas as que mais me surpreenderam foram de pessoas próximas de mim que enxergaram na Samantha um espaço seguro e confiável para abrir suas experiências pessoais.
Alguns casos renderiam até novelas, mas posso citar que soube de gente que teve experiência homossexual, de gente inconformada com tratamento diferenciado para crianças de cada gênero enquanto crescia, gente que teve que adaptar o jeito natural de ser para se misturar em grupos e até de gente que carrega uma ferida na alma por nunca poder expressar a si mesmo como se sente. Enfim, cada caso serve para abrir um pouco os nossos olhos para a realidade que vivemos.
Traduzido de Phoenix Huber
Ser você mesmo é um ímã para as histórias das pessoas
Quer saber uma das coisas mais legais em ser você mesmo? Sua abertura pode convidar outras pessoas a confiarem a você as suas histórias.
Sentimentos transgêneros me acompanharam desde muito cedo. Ao sair do armário, li autobiografias como Redefining Realness de Janet Mock (sem versão em português). Isso não me tornou uma PhD em lutas de identidade de gênero! Eu ainda tinha muito para aprender.
No entanto, já que eu era visivelmente trans e também uma boa ouvinte, estava aberta a receber uma educação informal. Amigos, familiares e estranhos na web me honraram com suas confissões relacionadas à gênero.
Aprendi o quão diversas são nossas experiências de gênero.
As coisas pararam de parecer chocantes. Ainda assim, ter a confiança das pessoas foi uma experiência humilde. Não há nada como relatos em primeira mão. Ser trans me deu uma visão panorâmica das experiências de gênero das pessoas, muito além do que os blogs anônimos poderiam me ensinar.
Aqui estão 4 casos que as pessoas me contaram. (Alguns detalhes foram alterados por privacidade.)
1. Eu teria feito a transição
“Eu teria feito a transição”, disse ela, “se o mundo fosse diferente naquela época. Antes de eu me tornar definido em minha identidade como Michael. ”
Naquele momento, minha visão de Michael mudou para sempre.
2013 foi quando me declarei transgênero. Celebridades trans estavam em alta. Eu era uma estudante no programa de teatro da ASU, onde eles nos receberam para sermos loucos.